Depois de ter passado pelo São Luiz em 2014 com Lähtö | Départ, no âmbito do FIMFA Lx14 - Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas, Kalle Nio regressa a Lisboa.
Uma parceria entre o São Luiz Teatro Municipal e A Tarumba - Teatro de Marionetas
Estreia Nacional
1 e 2 de Abril de 2017
São Luiz Teatro Municipal - Sala Luís Miguel Cintra
Sábado às 21h – Domingo às 17h30
1 de Abril: conversa com a equipa artística após o espectáculo
1 de Abril: conversa com a equipa artística após o espectáculo
€12 - €15 (com descontos €5 - €10,50)
Público-alvo: Adultos (A classificar pela CCE)
Duração: 65 minutos
Todas as informações aqui + bilheteira online São Luiz Teatro Municipal
Público-alvo: Adultos (A classificar pela CCE)
Duração: 65 minutos
Todas as informações aqui + bilheteira online São Luiz Teatro Municipal
Cutting Edge é uma performance teatral visual que vai buscar a sua inspiração a pinturas históricas, imagens e mitos sobre decapitações e velhos truques de ilusionistas. O mais velho truque de ilusionismo documentado é o do antigo mágico Dedi, que actuava para o Faraó Khufu. Reza a história que conseguia cortar a cabeça de um animal e voltar a juntá-la. Desde então, o truque da decapitação tem vindo a constar do repertório dos ilusionistas. A história mostra-nos também que temos a capacidade de levar a cabo decapitações reais, de as aceitar, assistir às mesmas e até de apreciar o espectáculo. Cutting Edge toma como ponto de partida o acto da decapitação e, através de treze cenas independentes, o espectáculo coloca uma questão sobre a presença do corpo humano e da sua vida e morte. Cutting Edge oscila entre a criação e a destruição de ilusões.
No palco estão três intérpretes, duas mulheres e um homem. A sua forte presença física, movimentos e corpos vão misturar-se e serão cortados em pedaços através de ilusões cénicas, combinadas com projecções de vídeo.
Cutting Edge balança entre humor negro e tragédia minimalista, multiplica ilusões cénicas e referências pictóricas, combinando truques de magia e tableaux vivants inspirados nas pinturas de Caravaggio e Gentileschi.
Um espectáculo que conjuga magia, teatro barroco, dança contemporânea, punk e artes visuais.
Um espectáculo que conjuga magia, teatro barroco, dança contemporânea, punk e artes visuais.
Cutting Edge from WHS on Vimeo.
"O finlandês Kalle Nio e o seu grupo WHS apropriam-se com talento do tema circense da decapitação num espectáculo habilmente construído como uma pintura em trompe-l'oeil. Teatro visual, magia e dança são, por sua vez, convocados para transcender o indizível, através dos gestos e do corpo.
Kalle Nio e os seus intérpretes fazem rugir sob os nossos olhos uma verdadeira maquinaria de cena, onde ecrãs e telas se sobrepõem para confundir as nossas perspectivas (...). Ilusões mágicas que escapam à nossa compreensão, cenas cruéis e corpos desmembrados que revelam as suas entranhas no meio do fumo. Todos se combinam para desafiar constantemente a credulidade dos nossos olhos e as leis da gravidade, como um turbilhão de imagens, os números seguem-se. Por vezes, a atenção é suspensa: a cabeça esculpida que parece flutuar por cima do chão, será fruto de uma miragem ou o milagre de um espectro holográfico? (...).”
-Céline Gauthier, Ma culture
"(...) Sem dar uma lição moralista, Kalle Nio e o seu
grupo WHS, numa encenação com uma estética pictórica notável, partilham
connosco a sua técnica de ilusão e magia, perfeitamente controlada. Os efeitos
especiais aproximam-se das artes do circo, a questão é contemporânea: quem são
os bárbaros?
O artista finlandês Kalle Nio explora diferentes
formas de expressão que são possíveis pelo vídeo e a relação que este meio
mantém com o tempo e espaço. Propõe uma viagem com humor ao coração da crueldade
humana e da desumanidade. As ‘Maries-Antoinettes’ que se abstenham!”
-Richard Magaldi-Trichet, Théâtreactu
“Cutting Edge é um poderoso espectáculo visual, que leva para o palco a iconografia da história da arte. O grupo WHS, especialista em teatro visual e circo contemporâneo, explora a decapitação no seu espectáculo. A decapitação como tema está presente na história ocidental, nos mitos, na religião, na política, no terror e nas artes.
(...) O tema das cabeças decapitadas desafia particularmente o pensamento ocidental, baseado na separação da mente e do corpo, e faz-nos questionar o lado brutal, violento e desumano da nossa cultura. A grandiosidade deste trabalho está no encantamento da magia, a mais antiga das artes do circo, e na encenação da iconografia da história da arte através de imagens vivas, físicas e em movimento na tradição dos tableaux vivants.
O ambiente sonoro composto por ópera, punk e música electrónica, cria fascinantes variações e dimensões impressionantes (...). Os nossos tempos são comentados com humor negro (...).
Cutting Edge revela engenhosamente o enredo da história da violência em diferentes culturas (...).”
-Mia Hannula, Turun Sanomat
"Muitos dos truques de magia são bastante impressionantes, os corpos que são movidos de um lugar para outro, um véu fino de plástico que se transforma num mar em movimento. Nestes momentos, apenas podemos permanecer sentados e deixarmos ser enganados pelas ilusões, impressionados pela competência técnica, pelo engenhoso desenho de luz e a capacidade de resposta dos corpos.
Kalle Nio espalha habilmente toques de humor, de kitsch e referências culturais. Nio mergulha no gótico até ao máximo possível, mas sem afogar o espectáculo em pathos."
-Isabella Rothberg, Hufvudstadbladet
“(...) Cutting Edge balança entre a fronteira do teatro visual e do circo contemporâneo, escolhendo os elementos mais adequados para o espectáculo de teatro e circo. Do circo, escolheram as ilusões clássicas e o carnaval, o desprezo pela morte, a existência física. Do teatro, tiraram as histórias. (...) A expressão uniforme dos intérpretes cria visões vivas do acto de cortar a cabeça, dentro do quadro criado pela virtuosidade do som, da luz e da cenografia.
(...) Cutting Edge expõe os ecos da humanidade, que preferíamos não estar actualmente a escutar."
-Taika Dahlbom, Helsingin Sanomat
Produção: Kalle Nio / WHS Co-produção: Helsinki Festival / Helsingin Juhlaviikot; La Brèche, Pôle National des Arts du Cirque de Basse-Normandie, França; Trident – Scène Nationale de Cherbourg-Octeville, França; Mala performerska scena / Festival novog cirkusa – Zagreb, Croatia Kumu Art Museum, Estónia; Cirko – Center for New Circus, Finlândia e São Luiz Teatro Municipal Com o apoio de: Alfred Kordelin Foundation; Kone Foundation; Finnish Cultural Foundation; Arts Promotion Centre Finland; Fondation d’entreprise Hermès no âmbito do programa New Setting
Kalle Nio é mágico e artista visual. No seu trabalho examina os novos tipos de expressão que a imagem vídeo fornece e as suas capacidades relacionadas com o tempo e o espaço.
Estudou artes visuais na The Finish Academy of Fine Arts. Como mágico, especializou-se em desenvolver novos truques e novas formas de magia. As suas invenções têm aparecido nas publicações profissionais mais importantes de magia, como a “Magic-Magazine”. Em 2000 ganhou o terceiro prémio no campeonato mundial de magia (FISM) na categoria de invenções.
Paralelamente trabalha como realizador, editor e animador em programas de televisão, anúncios e curtas-metragens.
Actualmente, a sua companhia WHS dirige o espaço Teatteri Union, aberto em Outubro de 2014, em Helsínquia, com um programa inovador, que inclui teatro, novo circo, magia, cinema, conferências, entre outras actividades, e que recebeu o prémio da cidade de Helsínquia para o evento cultural de 2014.
WHS é uma companhia finlandesa de teatro visual e novo circo. Os seus espectáculos têm sido considerados inovadores pela forma como misturam diversas áreas artísticas, e já surpreenderam o público lisboeta em edições anteriores do FIMFA com a qualidade do seu trabalho na correlação entre imagens reais e virtuais. O grupo já actuou com as suas criações por todo o mundo, em mais de trinta países, nos mais importantes festivais de teatro, teatro de marionetas e novo circo.
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